sexta-feira, 5 de abril de 2013

E, sabendo que tudo aquilo um dia podia acabar, disse com aquele sorriso bobo que se tudo desse errado, que a amizade permanecesse. Acho justo a amizade permanecer, pois é tão triste uma história que foi vivida com amor, com sorrisos e dias lindos, se dissipar assim, do nada. Sem lembranças, sem saudades. Ouvi dizer que o amor é tão arrogante que não aceita virar amizade. Ou é amor ou não é nada.Se acabou a história dos dois, põe logo um ponto final e pronto. Nada de reticências. O amor, não permite isso. Tudo é apagado, você é apagado e torna-se apenas um conhecido, tendo que se contentar apenas com um "oi" ou para aqueles mais azarados, uma singela virada de rosto. E isso fere tanto, ao lembrar dos beijos que foram prometidos e das músicas que ainda precisavam ser cantadas, ouvidas, sentidas. Mas o amor, realmente, não é justo. A vida, não é justa.

(Felipe R. Alves)
Uma tristeza profunda, uma solidão sem igual. Uma solidão não conhecida.
Um desgosto. Uma desilusão. Sem forças, deixo-me cair no vazio. Toco um fundo escuro, indecifrável...o cansaço que me vence. A atitude que não aparece. Fico assim, rendida! Embalo-me em pensamentos, esqueço-me de mim.
Esta onda de sofrimento começa a tocar no corpo, atinge o físico adormecido. Nessa hora, tudo tende a ganhar uma nova dimensão, por que atinjo todos os limites do bom senso. Não sei onde vou buscar a calma, a força, a vontade e a coragem. Mas tenho que agarrar todos esses elementos. Tenho medo de me perder para sempre, de estar prestes a perder momentos que deveriam ser a base de mim...
Sei que estou a ultrapassar a mim mesma. A minha dor...ultrapassou-me.